O escritório como ativo estratégico em 2026
Gestão eficiente, flexível e experiência dos colaboradores coloca o escritório no centro das decisões corporativas para o próximo ano
À medida que o ano se aproxima do fim e os planejamentos para 2026 ganham forma, o escritório volta ao centro das discussões estratégicas. Depois de um período marcado por adaptações emergenciais e reconfigurações rápidas, as empresas agora adotam uma visão mais madura sobre o espaço físico, entendendo que ele é muito mais do que infraestrutura: tornou-se um ponto crítico de desempenho empresarial.
Dados recentes da International Facility Management Association (IFMA) mostram que organizações que investem em melhorias no ambiente de trabalho registram crescimento de até 12% na produtividade. O movimento reflete uma mudança cultural importante. Para além do conforto do dia a dia, o escritório passou a ser visto como ferramenta de retenção, construção de identidade e potencialização de equipes.
Em setores como tecnologia, serviços financeiros e consultoria, cresce a percepção de que o espaço físico é fundamental para evitar ruídos na comunicação, acelerar processos decisórios e estimular interações espontâneas, elementos que o digital não substitui totalmente. Esse redesenho estratégico aparece também na priorização de ambientes flexíveis, áreas colaborativas, salas adaptáveis e espaços que incentivam a experimentação e a convivência.
Segundo Nikolas Matarangas, CEO da Be In, essa mudança de olhar demonstra um amadurecimento das lideranças sobre o papel dos espaços corporativos. “O escritório deixou de ser apenas um lugar para trabalhar e passou a ser um ponto de conexão, cultura e claro. Quando bem projetado e operado, ele reduz atritos, melhora a comunicação e fortalece o senso de pertencimento. É por isso que tantas empresas estão revisitando seus espaços com a mesma seriedade com que revisitam suas metas de crescimento”, destaca.
O impacto financeiro também tem peso nessa transformação. Estudos da CBRE indicam que negócios que otimizam seus escritórios, ajustam layout e adotam operações mais eficientes conseguem reduzir custos operacionais entre 10% e 30% ao ano. Em um cenário econômico que exige previsibilidade e boa gestão, o escritório se transforma em investimento estratégico, não apenas em infraestrutura.
Para 2026, a expectativa é que o escritório assuma um papel ainda mais relevante nas decisões de expansão e desempenho. Como reforça Nikolas, essa virada de chave será determinante para quem quer se diferenciar. “O espaço físico se tornou uma vantagem competitiva. As empresas que enxergam seu escritório como ativo vão atrair talentos, fortalecer a cultura e operar com mais consistência.”, afirma o executivo.


